domingo, 11 de julho de 2010

Cidadania Estrangeira e Antepassados nos Processos de Casamentos

Obter a cidadania tornou-se uma prática comum nos últimos anos no Brasil, principalmente por descendentes das famílias ou de indivíduos solteiros que vieram no período da grande imigração no final do século XIX ou posteriormente. E uma das mais solicitadas é de netos e bisnetos de italianos.
Neste aspecto, o processo de casamento do Registro Civil é uma fonte preciosa para conseguir as informações exigidas, pois traz, em alguns casos, documentos do país de origem ou o passaporte.
O processo de casamento do Registro Civil, como até hoje, é um dossiê completo sobre os noivos e foi introduzido no Brasil a partir de 1890, logo após a Proclamação da República.
Com o passar dos anos, com as novas exigências que passaram a vigorar, principalmente a partir de 1930, o processo ficou sofisticado, trazendo dados mais completos dos pais e dos avós. Mas no período da República Velha (1889) trazia apenas dados sucintos dos nubentes, como o local do nascimento, a idade, o local de residência, certidão de batismo (nem sempre constante) e autorização dos pais ou responsáveis para a realização do casamento.
Para os imigrantes ou filhos destes, a regra era a mesma e as informações variavam entre completa ou nula, dependendo das dificuldades de mandar buscar documentos probatórios. Muitos apresentavam o passaporte de entrada no Brasil e destes encontra-se, a maioria de italianos, contendo as informações do local de nascimento e idade, entre outras informações.
Portanto, um elemento documental importante para quem se interessa em tirar a cidadania em outro país ou somente para continuar a ascendência a partir da origem estrangeira, não sendo, porém, o único.
E para ilustrar e divulgar informações a respeito estará disponível em breve, no blog, o índice de casamentos de imigrantes em Guaratinguetá no período de 1890 a 1930, como forma de ajudar as pessoas a localizar os seus antepassados e tirar a cidadania almejada. Como também inserir a discussão sobre utilizar a documentação cartorial nas escolas públicas.
Imagem: Processo de Casamento do Registro Civil, 1923. Museu Frei Galvão-Arquivo Memória de Guaratinguetá.

Um comentário:

  1. Boa tarde. Parabéns pelas interessantes matérias aqui postadas. Sou de Pindamonhagaba e também gosto bastante de história. Temos um portal com conteúdo regional, quando quiser enviar alguma coisa para nós, fique a vontade. Nosso portal: www.portalr3.com.br. Grande abraço. Luis

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