Escrever sobre a vida de Rodrigues Alves pode parecer fato consumado por não despertar nenhum interesse ao público ou por não contribuir para um debate profundo acerca da República nos primeiros trinta anos do século XX, principalmente após a publicação, em 1973, da obra “Rodrigues Alves – Apogeu e Declínio do Presidencialismo”, de autoria de Afonso Arinos de Mello Franco.
Mas é relevante lembrar que o construir da história é dinâmico e que, enquanto ciência, ela possibilita novas abordagens, análises e interpretações acerca de fatos irrelevantes e, neste sentido, o que parece óbvio pode revestir-se de significados profundos mediante a releitura dos fatos, na medida em que o historiador infere e dialoga com questões próprias e subjetivas do seu objeto.
Portanto, a abordagem histórica de um mesmo tema não é necessariamente fato consumado, principalmente quando variáveis externas exigem um posicionamento didático em linhas simples e com foco na disseminação do conhecimento a um público leigo.
Na busca por um ordenamento objetivo, de linguagem acessível e positivista, surgem premissas de percepção irrelevante e, consequentemente, questionamentos que desatentamente perderam a racionalidade diante do domínio das grandes estruturas e categorias analíticas da história. Deste modo, o que antes era imperceptível pode suscitar novas comparações e análises, abrindo perspectivas amplas para a produção historiográfica de caráter reiterado e dinâmico. Do contrário, a história seria estática e desvinculada dos preceitos sociais de atender uma demanda coletiva pelo conhecimento.
E, Francisco de Paula Rodrigues Alves, no bojo destas perspectivas, faz perceber, durante o processo de retorno aos dados biográficos, uma indagação fugida, simplista e fundamental para entender o processo social, econômico e político de dois períodos importantes da História do Brasil, seja por quesitos acadêmicos ou escolares: Império e República. A gênese e a metamorfose na ascensão política do personagem enquanto resultado do meio.
Além de tudo, em se considerando a abrangência coletiva do tema, traria a possibilidade do micro olhar acadêmico, numa extremidade, e a disseminação do conhecimento amplo em outra, enquanto mote de retomada da biografia e da história em linguagem simples para o público escolar dentro de um viés de caráter mais profundo.
No caso da vida e obra de Rodrigues Alves, a assertiva encaixa perfeitamente; por conhecer o que possibilitou a ascensão política entrelaçada com a própria história da época. E a releitura para observar outras variáveis possíveis ainda não objetos de abordagem no seio acadêmico.
A ascensão no meio político brasileiro tem o seu porque e a sua explicação, e torna-se interessante quando nos lembramos de uma frase dita por político da época: que “Rodrigues Alves se parecia muito mais com um presidente de câmara municipal do que com um presidente da República”. Surgindo, então, outra indagação: como um homem de uma pequena vila paulista tornou-se um estadista, um político privilegiado dentro do partido e na nação? Um homem a quem muitos recorreram na casa de Guaratinguetá.
A razão está em inúmeras variáveis, muitas anteriores ao seu nascimento, em fatos e costumes sedimentados em séculos de história.
Será necessário, portanto, para entender a colocação de Rodrigues Alves no mais alto patamar da política, demonstrar a situação social, econômica e política do século XIX, tendo como pertinência uma estrutura positivista: 1848 – 1873 - Nascimento e origens familiares, a educação de uma época (1850-1860) – Primeiras Letras, Escolas e Bacharelado em Letras (Colégio Pedro II) – Largo de São Francisco e o bacharelado em Direito na política (1861-1865); 1865-1872 - O Retorno para a vila – advocacia e relacionamento social e político em Guaratinguetá; 1873-1875 – A aventura política por herança, o casamento e a experiência provincial; 1875-1902 – Ideais e experiência adquirida.
Mas é relevante lembrar que o construir da história é dinâmico e que, enquanto ciência, ela possibilita novas abordagens, análises e interpretações acerca de fatos irrelevantes e, neste sentido, o que parece óbvio pode revestir-se de significados profundos mediante a releitura dos fatos, na medida em que o historiador infere e dialoga com questões próprias e subjetivas do seu objeto.
Portanto, a abordagem histórica de um mesmo tema não é necessariamente fato consumado, principalmente quando variáveis externas exigem um posicionamento didático em linhas simples e com foco na disseminação do conhecimento a um público leigo.
Na busca por um ordenamento objetivo, de linguagem acessível e positivista, surgem premissas de percepção irrelevante e, consequentemente, questionamentos que desatentamente perderam a racionalidade diante do domínio das grandes estruturas e categorias analíticas da história. Deste modo, o que antes era imperceptível pode suscitar novas comparações e análises, abrindo perspectivas amplas para a produção historiográfica de caráter reiterado e dinâmico. Do contrário, a história seria estática e desvinculada dos preceitos sociais de atender uma demanda coletiva pelo conhecimento.
E, Francisco de Paula Rodrigues Alves, no bojo destas perspectivas, faz perceber, durante o processo de retorno aos dados biográficos, uma indagação fugida, simplista e fundamental para entender o processo social, econômico e político de dois períodos importantes da História do Brasil, seja por quesitos acadêmicos ou escolares: Império e República. A gênese e a metamorfose na ascensão política do personagem enquanto resultado do meio.
Além de tudo, em se considerando a abrangência coletiva do tema, traria a possibilidade do micro olhar acadêmico, numa extremidade, e a disseminação do conhecimento amplo em outra, enquanto mote de retomada da biografia e da história em linguagem simples para o público escolar dentro de um viés de caráter mais profundo.
No caso da vida e obra de Rodrigues Alves, a assertiva encaixa perfeitamente; por conhecer o que possibilitou a ascensão política entrelaçada com a própria história da época. E a releitura para observar outras variáveis possíveis ainda não objetos de abordagem no seio acadêmico.
A ascensão no meio político brasileiro tem o seu porque e a sua explicação, e torna-se interessante quando nos lembramos de uma frase dita por político da época: que “Rodrigues Alves se parecia muito mais com um presidente de câmara municipal do que com um presidente da República”. Surgindo, então, outra indagação: como um homem de uma pequena vila paulista tornou-se um estadista, um político privilegiado dentro do partido e na nação? Um homem a quem muitos recorreram na casa de Guaratinguetá.
A razão está em inúmeras variáveis, muitas anteriores ao seu nascimento, em fatos e costumes sedimentados em séculos de história.
Será necessário, portanto, para entender a colocação de Rodrigues Alves no mais alto patamar da política, demonstrar a situação social, econômica e política do século XIX, tendo como pertinência uma estrutura positivista: 1848 – 1873 - Nascimento e origens familiares, a educação de uma época (1850-1860) – Primeiras Letras, Escolas e Bacharelado em Letras (Colégio Pedro II) – Largo de São Francisco e o bacharelado em Direito na política (1861-1865); 1865-1872 - O Retorno para a vila – advocacia e relacionamento social e político em Guaratinguetá; 1873-1875 – A aventura política por herança, o casamento e a experiência provincial; 1875-1902 – Ideais e experiência adquirida.
Imagem: Francisco de Paula Rodrigues Alves. Acervo do Museu H.P. Conselheiro Rodrigues Alves.
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