Uma personagem não reconhecida pelas gerações passadas. Uma mulher esquecida pela atual geração.
Patrícia Rehder Galvão – conhecida como Pagu (1910-1962), - foi esposa de um dos maiores expoentes da Semana de Arte Moderna de 1922, o escritor Oswald de Andrade, autor de obras como “Macunaíma”.
Não por ser a companheira de Oswald de Andrade, mas por ter sido uma artista refinada, conectada com o seu tempo e revolucionária como mulher inserida numa época em que o preconceito de gênero ainda era forte.
Foi jornalista em Paris, escritora, pintora, ilustradora e mãe. Uma autodidata de mente aberta que não participou dos atos de 1922, mas que empunhou com fervor e lucidez as armas para defender a vanguarda cultural paulista.
Na política foi uma socialista exemplar, tendo criado, em 1945, a “Vanguarda Socialista”. Esteve no Leste Europeu e na Alemanha, oportunidade em que foi tutelada pela Gestapo, e na França, onde lutou pela Frente Popular.
Publicou, em 1933, o romance “Parque Industrial”, sob o pseudônimo de “Mara Lobo” e, em 1945, em parceria com o segundo marido, escreveu a obra “A Famosa Revista”
E, no centenário do seu nascimento, ocorrido em junho passado, lembramos que, embora tenha nascido na cidade paulista de São João da Boa Vista, a artista tem raízes valeparaibanas. Especificamente por seu progenitor, descendente da família Galvão de França, estabelecida em Guaratinguetá e no município de Cunha, respectivamente na primeira metade do século XVIII e inicio do século XIX.
Pelo lado de seus avós paternos, descende do Capitão mor Antônio Galvão de França e de sua mulher Isabel Leite de Barros, que tiveram a filha Francisca Xavier de França (irmã de Frei Galvão) casada com o Alferes Francisco Nabo Freire e destes nascera Antônio Galvão Freire que teve alguns filhos. Dentre eles, Francisca Xavier de França, moradora na vila de Cunha e casada, naquela localidade, com Manuel Gomes de Oliveira, que são os avós de Thiers Galvão de França, que se casou em São João da Boa Vista com Adélia Rehder, de onde nasceu Patrícia Galvão.
Neste sentido, tomando como motivo a sua origem e a valorização da nossa terra, da nossa gente e da nossa documentação, é necessário dirigir o olhar para uma mulher que desafiou a sociedade através da política e da arte, deixando importante legado sobre a mulher no segundo quartel do século XX. Vale recuperar sua literatura e promover debates no Vale do Paraíba.
Imagem: Patrícia Galvão (Pagu) In: margarethf.blogspot.com/2010/04/natureza-morta-patricia-galvao-pagu-os.html (acessado em 12/07/2010).
Patrícia Rehder Galvão – conhecida como Pagu (1910-1962), - foi esposa de um dos maiores expoentes da Semana de Arte Moderna de 1922, o escritor Oswald de Andrade, autor de obras como “Macunaíma”.
Não por ser a companheira de Oswald de Andrade, mas por ter sido uma artista refinada, conectada com o seu tempo e revolucionária como mulher inserida numa época em que o preconceito de gênero ainda era forte.
Foi jornalista em Paris, escritora, pintora, ilustradora e mãe. Uma autodidata de mente aberta que não participou dos atos de 1922, mas que empunhou com fervor e lucidez as armas para defender a vanguarda cultural paulista.
Na política foi uma socialista exemplar, tendo criado, em 1945, a “Vanguarda Socialista”. Esteve no Leste Europeu e na Alemanha, oportunidade em que foi tutelada pela Gestapo, e na França, onde lutou pela Frente Popular.
Publicou, em 1933, o romance “Parque Industrial”, sob o pseudônimo de “Mara Lobo” e, em 1945, em parceria com o segundo marido, escreveu a obra “A Famosa Revista”
E, no centenário do seu nascimento, ocorrido em junho passado, lembramos que, embora tenha nascido na cidade paulista de São João da Boa Vista, a artista tem raízes valeparaibanas. Especificamente por seu progenitor, descendente da família Galvão de França, estabelecida em Guaratinguetá e no município de Cunha, respectivamente na primeira metade do século XVIII e inicio do século XIX.
Pelo lado de seus avós paternos, descende do Capitão mor Antônio Galvão de França e de sua mulher Isabel Leite de Barros, que tiveram a filha Francisca Xavier de França (irmã de Frei Galvão) casada com o Alferes Francisco Nabo Freire e destes nascera Antônio Galvão Freire que teve alguns filhos. Dentre eles, Francisca Xavier de França, moradora na vila de Cunha e casada, naquela localidade, com Manuel Gomes de Oliveira, que são os avós de Thiers Galvão de França, que se casou em São João da Boa Vista com Adélia Rehder, de onde nasceu Patrícia Galvão.
Neste sentido, tomando como motivo a sua origem e a valorização da nossa terra, da nossa gente e da nossa documentação, é necessário dirigir o olhar para uma mulher que desafiou a sociedade através da política e da arte, deixando importante legado sobre a mulher no segundo quartel do século XX. Vale recuperar sua literatura e promover debates no Vale do Paraíba.
Imagem: Patrícia Galvão (Pagu) In: margarethf.blogspot.com/2010/04/natureza-morta-patricia-galvao-pagu-os.html (acessado em 12/07/2010).
Muito legal a postagem de Pagu:)
ResponderExcluirAproveitamos a oportunidade para agradecer o carinho como nosso blog:)
Joaquim,
ResponderExcluirDeixamos nosso abraço, carinho e voto no Top Blog:)