
A autora, Professora Débora Maria Nogueira Corbage, Mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC, com a sua dissertação recém defendida, sob o título “História e Memória da Escola Complementar de Guaratinguetá (1906-1913)” mostra com habilidade para o público, tendo como referenciais teóricos o estudo da memória e a micro-história, o processo da instalação da escola no município e as primeiras turmas formadas pela instituição (1906-1913), desvendando suas origens sociais e econômicas. Professores que, no percurso da carreira, fizeram da instituição um santuário de exemplo educacional durante todo o decorrer do século XX, sob os auspícios de um corpo docente “mitológico” e de um prédio vestuto e republicano.
O resultado é de um trabalho com bases sólidas e de verdades que nos faz compreender melhor a cidade naqueles primeiros anos do século XX, principalmente em sua verve econômica. Por deixar nas entrelinhas que nem tudo girava pela fazenda de café ou pela florescente agropecuária leiteira. Que existiram brechas de ascensão social para os filhos de comerciantes ou empregados públicos através do exercício do magistério. E, também, nas diferenças entre a educação daquele tempo e a atual, sem cair em juízo de valor algum. Apenas para verificar que algo pode estar errado nos dias de hoje, pois não temos mais uma escola, homens e mulheres que deram para Guaratinguetá o epíteto de “Atenas do Vale”.
Somente uma leitura do trabalho para conferir o quanto ainda não sabemos de nossa própria história e sobre as maneiras de pesquisar e escrever a história no Vale do Paraíba.
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