A história e a literatura têm relações intrínsecas, principalmente por proporcionarem aspectos de verdades que buscamos.
O ambiente em que a literatura se forja advém do resultado da relação do autor com o seu meio, enquanto valores culturais, sociais, políticos e econômicos (história), que por sua vez reflete na criação ficcional, tendo como base principal a vivência in loco do cotidiano.
Tendo a literatura como suporte, a história sai do lugar comum do cientificismo, dando vez para lembranças amiúdes e memórias difusas, que são preteridas pelo exagerado apego e fetichismo ao documento escrito. Torna-se um importante instrumento de compreensão do mundo.
No livro de contos “No Mundo das Sinhás”, do literato Tom Maia (Ed. Santuário, 2003. 221 p.), constatamos as assertivas acima. O autor, com sensibilidade e sabedoria, mostra-nos um passado diluído e diferente dos conceituais livros de história. Sabendo ensinar, com divertimento, os valores e as crenças de uma sociedade interiorana ainda pouco conhecida em suas marcas e experiências indeléveis.
O resultado é a negação das grandes estruturas e processos históricos, colocando-nos diante da história do cotidiano e da micro-história para a compreensão do passado, embasada em rica literatura narrativa, a exemplo de alguns grandes contos clássicos da literatura francesa muito bem utilizados pelo historiador Robert Darnton para o resgate da história cultural da França.
“No Mundo das Sinhás” o leitor leigo, o profissional da história e os críticos podem seguir vidas e compará-las, tecendo, assim, o pano de fundo de determinadas realidades. Cada atitude dos seus personagens traz consigo a experiência e a linguagem de um mundo que, ao mesmo tempo, é incompreensível, mas não diferente do nosso.
Como privilegiado espectador e ouvinte dos acontecimentos de outrora, utiliza o seu hábil senso literário para narrar particularidades que tem raízes profundas na história brasileira. Usa a ficção para despertar nos leitores a argúcia e a perspicácia necessárias para o conhecimento do passado, assim como num jogo de xadrez, onde é preciso estar atento aos pequenos e insignificantes movimentos.
Um livro saboroso, sério e inteligente, que poucos ousaram fazer, mostrando o quanto a literatura é importante para a história do Vale do Paraíba.
O ambiente em que a literatura se forja advém do resultado da relação do autor com o seu meio, enquanto valores culturais, sociais, políticos e econômicos (história), que por sua vez reflete na criação ficcional, tendo como base principal a vivência in loco do cotidiano.
Tendo a literatura como suporte, a história sai do lugar comum do cientificismo, dando vez para lembranças amiúdes e memórias difusas, que são preteridas pelo exagerado apego e fetichismo ao documento escrito. Torna-se um importante instrumento de compreensão do mundo.
No livro de contos “No Mundo das Sinhás”, do literato Tom Maia (Ed. Santuário, 2003. 221 p.), constatamos as assertivas acima. O autor, com sensibilidade e sabedoria, mostra-nos um passado diluído e diferente dos conceituais livros de história. Sabendo ensinar, com divertimento, os valores e as crenças de uma sociedade interiorana ainda pouco conhecida em suas marcas e experiências indeléveis.
O resultado é a negação das grandes estruturas e processos históricos, colocando-nos diante da história do cotidiano e da micro-história para a compreensão do passado, embasada em rica literatura narrativa, a exemplo de alguns grandes contos clássicos da literatura francesa muito bem utilizados pelo historiador Robert Darnton para o resgate da história cultural da França.
“No Mundo das Sinhás” o leitor leigo, o profissional da história e os críticos podem seguir vidas e compará-las, tecendo, assim, o pano de fundo de determinadas realidades. Cada atitude dos seus personagens traz consigo a experiência e a linguagem de um mundo que, ao mesmo tempo, é incompreensível, mas não diferente do nosso.
Como privilegiado espectador e ouvinte dos acontecimentos de outrora, utiliza o seu hábil senso literário para narrar particularidades que tem raízes profundas na história brasileira. Usa a ficção para despertar nos leitores a argúcia e a perspicácia necessárias para o conhecimento do passado, assim como num jogo de xadrez, onde é preciso estar atento aos pequenos e insignificantes movimentos.
Um livro saboroso, sério e inteligente, que poucos ousaram fazer, mostrando o quanto a literatura é importante para a história do Vale do Paraíba.
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