Com o avanço da historiografia desde a década de 1970, pela produção acadêmica, revolucionando o olhar sobre a história do Brasil, a importância das fontes primárias teve novo vigor, seja para novas interpretações ou para sua conservação como patrimônio.
Os principais historiadores, como agentes do pensamento histórico e, ao mesmo tempo, como difusores do conhecimento, seja nas salas de aula ou em grupos de pesquisas, contribuíram fundamentalmente para que houvesse uma revisão de conceitos e práticas na escrita da história, aplicando métodos e teorias que deram abertura e dinamismo ao diálogo com documentos considerados tradicionais e positivistas.
Tomando exemplos de autores franceses, americanos, ingleses, historiadores, economistas, antropólogos e sociólogos reinvestiram em temas já estudados e retiraram das fontes escritas verdades até então escondidas no submundo das grandes estruturas, fazendo ver para a comunidade científica que autores como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, tinham razão ao valorizar o uso de fontes escritas na elaboração da história. O que gerou, consequentemente, liberdade de ação para pensar nas múltiplas e complexas facetas da formação brasileira, revolucionando, desse modo, a maneira de valorizar o documento, analisar suas formas e escrever sobre temas consolidados que não correspondiam com a realidade histórica. A cada retorno ao mesmo documento ou a outros complementares ao tema que investigavam, outros links se abriram e novas propostas de pesquisa surgiram no cenário acadêmico, realçando a importância das fontes primárias sob outro prisma e, assim, a necessidade da releitura, da conservação, divulgação desse patrimônio.
Atualmente, as grandes universidades têm produzido muito dentro dessa perspectiva, principalmente a USP, a UFF, a UFRJ, a Unicamp e tantas outras. Nunca se produziu tanto na história do Brasil, sejam temas gerais ou regionalistas. Os protagonistas saíram a campo em busca de arquivos em regiões interioranas e os resultados foram estudos de caráter regional que deram dinamismo ao mundo da economia, da política e da sociedade em diversas localidades e momentos da história. As grandes editoras do país, mesmo as médias ou menores, tem dado ênfase em publicar os resultados dessa nova fase. E, agora, estão interessados no Vale do Paraíba, a academia, os professores e as editoras.
E nós, o que estamos fazendo? Onde nos encontramos? Talvez seja injusto dizer – não acompanhamos a dinâmica produção histórica dos últimos 30 anos. Não exploramos o nosso patrimônio documental, não o colocamos no patamar devido. Estamos perdendo o bonde da história. Estamos deixando passar a oportunidade de colocar no cenário brasileiro a região e os nossos pesquisadores.
O vale é rico em história, por ser local antigo e ligado aos primeiros tempos da colonização e a documentação mostra a multiplicidade de caminhos para revisitar, escrever e reescrever a nossa história.
Não produzimos na academia ou fora dela; não conservamos e não divulgamos; não socializamos o conhecimento do Vale do Paraíba e de seu patrimônio. Tudo individual, doméstico, difícil.
Está na hora de pensar e colocar em prática as inúmeras possibilidades que a documentação escrita pode trazer seja para o público acadêmico, para especialistas de outras áreas, para alunos, ou para o homem valeparaibano.
A região não foi somente o café, luxo, o escravo e o fazendeiro. Foi muito mais. Um mais que desconhecemos e, portanto, não entendemos e não preservamos.
E a proposta é redirecionar projetos que modifique a situação de marasmo que se encontra a documentação e a pesquisa no Vale do Paraíba, abrindo a partir daí, possibilidades de socialização do conhecimento através da conservação e divulgação das fontes escritas. O documento não está em si apenas, mas no diálogo que proporcionarmos a ele e vice-versa.
Para o próximo Simpósio de História do Vale do Paraíba, que se concretize esse tema, para assim, abrirmos temas correlatos ao assunto. E que seja realizado em Guaratinguetá, uma das mais antigas vilas da região.
Os principais historiadores, como agentes do pensamento histórico e, ao mesmo tempo, como difusores do conhecimento, seja nas salas de aula ou em grupos de pesquisas, contribuíram fundamentalmente para que houvesse uma revisão de conceitos e práticas na escrita da história, aplicando métodos e teorias que deram abertura e dinamismo ao diálogo com documentos considerados tradicionais e positivistas.
Tomando exemplos de autores franceses, americanos, ingleses, historiadores, economistas, antropólogos e sociólogos reinvestiram em temas já estudados e retiraram das fontes escritas verdades até então escondidas no submundo das grandes estruturas, fazendo ver para a comunidade científica que autores como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, tinham razão ao valorizar o uso de fontes escritas na elaboração da história. O que gerou, consequentemente, liberdade de ação para pensar nas múltiplas e complexas facetas da formação brasileira, revolucionando, desse modo, a maneira de valorizar o documento, analisar suas formas e escrever sobre temas consolidados que não correspondiam com a realidade histórica. A cada retorno ao mesmo documento ou a outros complementares ao tema que investigavam, outros links se abriram e novas propostas de pesquisa surgiram no cenário acadêmico, realçando a importância das fontes primárias sob outro prisma e, assim, a necessidade da releitura, da conservação, divulgação desse patrimônio.
Atualmente, as grandes universidades têm produzido muito dentro dessa perspectiva, principalmente a USP, a UFF, a UFRJ, a Unicamp e tantas outras. Nunca se produziu tanto na história do Brasil, sejam temas gerais ou regionalistas. Os protagonistas saíram a campo em busca de arquivos em regiões interioranas e os resultados foram estudos de caráter regional que deram dinamismo ao mundo da economia, da política e da sociedade em diversas localidades e momentos da história. As grandes editoras do país, mesmo as médias ou menores, tem dado ênfase em publicar os resultados dessa nova fase. E, agora, estão interessados no Vale do Paraíba, a academia, os professores e as editoras.
E nós, o que estamos fazendo? Onde nos encontramos? Talvez seja injusto dizer – não acompanhamos a dinâmica produção histórica dos últimos 30 anos. Não exploramos o nosso patrimônio documental, não o colocamos no patamar devido. Estamos perdendo o bonde da história. Estamos deixando passar a oportunidade de colocar no cenário brasileiro a região e os nossos pesquisadores.
O vale é rico em história, por ser local antigo e ligado aos primeiros tempos da colonização e a documentação mostra a multiplicidade de caminhos para revisitar, escrever e reescrever a nossa história.
Não produzimos na academia ou fora dela; não conservamos e não divulgamos; não socializamos o conhecimento do Vale do Paraíba e de seu patrimônio. Tudo individual, doméstico, difícil.
Está na hora de pensar e colocar em prática as inúmeras possibilidades que a documentação escrita pode trazer seja para o público acadêmico, para especialistas de outras áreas, para alunos, ou para o homem valeparaibano.
A região não foi somente o café, luxo, o escravo e o fazendeiro. Foi muito mais. Um mais que desconhecemos e, portanto, não entendemos e não preservamos.
E a proposta é redirecionar projetos que modifique a situação de marasmo que se encontra a documentação e a pesquisa no Vale do Paraíba, abrindo a partir daí, possibilidades de socialização do conhecimento através da conservação e divulgação das fontes escritas. O documento não está em si apenas, mas no diálogo que proporcionarmos a ele e vice-versa.
Para o próximo Simpósio de História do Vale do Paraíba, que se concretize esse tema, para assim, abrirmos temas correlatos ao assunto. E que seja realizado em Guaratinguetá, uma das mais antigas vilas da região.
Estou muito contente com este tema. Parabéns!!! Já vou propor trabalhos ao IPHR, mãos a obra.
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