quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Cem anos do Incêndio do Palacete do Visconde

O antigo palacete do Visconde de Guaratinguetá, Francisco de Assis e Oliveira Borges, foi construído no começo da segunda metade do século XIX, em local aprazível, caracterizada como chácara urbana, em pleno trajeto da antiga Estrada Real, caminho do Rio de Janeiro para São Paulo, onde, em 1827, Debret retatrtou a cidade de Guaratinguetá. 
Tal construção foi símbolo de um período de fausto econômico de algumas famílias, com a ascensão do café como principal produto da agrícola brasileiro, em arquitetura similar aos prédios rústicos das fazendas de café. 
Com a morte do titular, o palacete esteve nas mãos da viúva e de seus filhos, sendo que após a morte da referida o imóvel passou para o Governo do Estado de São Paulo, quando foi adaptado para ser a Escola Complementar e Normal de Guaratinguetá, em 1902, ali permancendo até 1916.
Nesse ano, o prédio foi invadido noturnamente por ladrões, que em cirscunstâncias estranhas e por medo de serem pegos acabaram por derrubar uma lamparina que desencadeou um incêndio de grande proporção, destruindo todo o prédio e seu acervo, ficando tão somente algumas paredes em pé. 
O projeto de adaptação do prédio, no inicio do século XX, foi realizado por Euclides da Cunha, obedecendo as linhas gerais de cunho educacional em voga na época. 
Os autores do incêndio, dois negros, foram presos e acusados, estando o processo crime referente depositado no Arquivo Judiciário do Museu Frei Galvão, contendo fotos e depoimentos.

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