sábado, 18 de agosto de 2012

Retrocesso com o Patrimônio Documental Paulista

Ontem, eu e um grupo de professores, alunos estagiários e funcionários de arquivos e museus, durante colóquio que coordenei sobre preservação documental no Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (UNITAU), falávamos da necessidade urgentíssima de um projeto amplo que possa realizar o levantamento, o resgate, a identificação, a descrição e o diagnóstico dos arquivos e fontes documentais do Vale do Paraíba. Fundamentalmente para salvar, preservar e recuperar documentos e informações deles emanados, para que os tenhamos sistematizado e disponíveis para acesso público, com rapidez e eficiência. E agora está aí uma notícia preocupante, por total falta de planejamento, ação, eficácia e alcance social: a terceirização de acervo judiciário por uma empresa internacional, sem vínculo e comprometimento com a realidade brasileira. E o que é pior sem o olhar, o auxílio e o acompanhamento multidisciplinar de profissionais ligados principalmente com a história paulista. O judiciário está navegando contra as atuais tendências de socializar o conhecimento pelo acesso irrestrito a verdades que dizem respeito a todo povo brasileiro. E nenhum órgão institucional ligado a cultura e ao patrimônio até o momento se colocou contrário para com a atitude do judiciário, o que demonstra o que sempre falamos sobre a política pública de arquivos: ainda está no chão. E no Vale do Paraíba precisamos fazer diferente. Daí a montagem de um grupo regional para cuidar dos nossos acervos documentais com toda a urgência.
Leia a reportagem publicada sobre o assunto, acessando

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